Ao meu querido amigo A.
Corres no rio selvagem
Com firmeza de domador.
Às margens confias
memórias
e o sabor
do mar sem sal.
O tempo transborda depressa,
de pressa transbordante,
com pressa dos segundos
que não sentiram o vento falar.
Mas este rio impiedoso,
embala o segredo do mundo
pois tem gravado o destino
de entregar,
com ternura,
esta amizade profunda,
ao Mar do infinito.
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