Num grito de alma
voo
ao fundo do mar
onde dormem
eternamente
pedaços de memórias
cantando,
ao som do vento,
a brisa do vivo sal
que brilha nas flores da Primavera.
Num grito de alma
voo
ao fundo do mar
onde dormem
eternamente
pedaços de memórias
cantando,
ao som do vento,
a brisa do vivo sal
que brilha nas flores da Primavera.
Ao meu querido amigo A.
Corres no rio selvagem
Com firmeza de domador.
Às margens confias
memórias
e o sabor
do mar sem sal.
O tempo transborda depressa,
de pressa transbordante,
com pressa dos segundos
que não sentiram o vento falar.
Mas este rio impiedoso,
embala o segredo do mundo
pois tem gravado o destino
de entregar,
com ternura,
esta amizade profunda,
ao Mar do infinito.