A tua presença consumiu-me a alma.
Os teus gestos conduziram-me ao abismo.
A luz dos teus olhos cegou-me.
A tua voz ensurdeceu o meu coração e os teus gestos lançaram sobre mim um véu de profunda tristeza.
A dureza das minhas palavras desvaneceu perante o silêncio mudo.
Que dizer? O silêncio tornava-se ensurdecedor lutando por um lugar inexistente.
Aos poucos lançaste-me num canto escuro e frio donde parecia irracional sair.
As setas da tua frieza (que outrora me magoaram) passaram a resvalar na minha carapaça de seda.
Sonhei demasiado tempo; calei-me demasiadas horas e não vive um único segundo.
A peça continua. Mas a história não guarda lugar para ti. Tornaste-te indiferente.
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